DECISÃO DIFÍCIL
No início de 2005, a situação não melhorou em nada.
Vi-me obrigado a tomar a decisão, talvez a mais difícil de toda a minha vida, deixar a casa de morada e deixar os filhos ao cuidado da mãe, e, tentar seguir um rumo bem diferente daquele que, por força das circunstâncias, fui obrigado a levar, para não criar mau ambiente diante dos meus filhos, não os deixando perceber que algo estava errado na relação dos pais.
Esta saída foi concretizada em finais do mês de Abril, indo morar numa pequena vivenda alugada tipo T2. Aí fiquei a morar sozinho cerca de seis meses.
CHAMAR AS COISAS PELO NOME
Nos meados do mês de Agosto de 2005, resolvi iniciar o processo de divórcio. Para tal, pedi informações junto dos serviços do Registo Civil. Após redigir todos os documentos necessários para que o processo decorresse sem problemas, chatices e sem ter que pagar rios de dinheiro para tribunais e afins. Entreguei a papelada à outra parte para que fosse analisada e alterada, caso fosse intenção e, claro plausível. Escusado será dizer que, para ela, nada estava correcto e, claro não aceitou.
PAPELADA PARADA EM TRIBUNALComo as questões relacionadas com o poder paternal estavam resolvidas (Julho de 2007), decidi então avançar com um processo de divórcio para tribunal em Outubro de 2007. Mas o facto de não ter completado 3 anos de separação, deu-lhe o direito de contestar, não entendo porquê, mas foi contestado, pura e simplesmente "não" depois de menos de dois minutos dentro do gabinete da Drª. Juíza. Após uma audiência de tentativa de conciliação, não se chegou a acordo, seguindo assim o processo como litigioso.
Ainda não entendi o porquê de tantas tentativas de conciliação, visto uma das partes não a querer.
Vamos esperar e esperar...
Anedota contudo, no inicio de 2009, fomos chamados para uma audiência. Faltou um papel (relação de bens comuns), que foi pedido um prazo de dois meses para que este fosse entregue. Mais uma vez, nem sombras de querer sentar à mesa e conversar, apesar de terem sido feitas inúmeras tentativas, assim, o processo continuou "parado".
Numa audiência em Setembro do 2009, o Dr. Juíz, alegou não conhecer o processo e adiou aquela audiência para Março de 2010. Mais uma viagem à "Senhora da asneira", com todas as despesas e consternações que toda esta história acarreta às testemunhas envolvidas.
Para continuar a 'saga', estamos em Janeiro de 2010, e sem resolução à vista. A papelada está metida nos emaranhados dos tribunais.
Aleluia, Aleluia... finalmente uma luz ao fundo do túnel. Apesar de todas as tentativas falhadas de se fazer escândalo em público, mais uma vez esse propósito falhou para a outra parte. A Sra. Dra. Juíza finalmente decretou o divórcio contrariando as pretensões da minha ex, chegando inclusivé a mandar calar por não ter nada a ver com o assunto e apenas estar ali para fazer o divórcio. Obrigado Sra.Dra. Juíza, posso de novo refazer a minha vida.
Bem haja.